Intro

28 Maio 2007, 17:52

Uma alegoria das vanidades da vida humana. A pintura de Harmen Steenwyck que foi inspiração a este projeto. Os livros simbolizam o conhecimento humano; os instrumentos musicais representam os prazeres dos sentidos; a espada japonesa e a concha, ambos objetos raros de colecionadores, simbolizam riquesa; o cronômetro e o lampião são uma alusão da transitoriedade e fragilidade da vida humana. Todos dominados pelo crânio, símbolo da morte. Tudo não passa de vanidades. Vanitas vanitatum... et omnia vanitas. Mas se tudo é vão, porque tudo é frágil e humano, qual o propósito deste projeto? Propósito algum tem esse projeto, senão afirmar que tudo é vão. E se tudo é vão, o que eu espero com este projeto? Absolutamente nada. Há duas coisas inegáveis no meu ser. Uma delas é que sou humano. A outra, é que sou um escritor. A consequência disso - sou demasiado humano e um escritor amador. E outra triste consequência é que talvez o meu interlocutor seja ainda mais humano do que eu sou. E então, o que era já inesperado torna-se impossível. Mas o projeto não é um trabalho, é um prazer. Então não me preocupo com impossibilidades. Não existem falhas aqui que sejam causadas pela minha própria natureza.



Leukotomy


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Misanthropic II

29 Maio 2007, 22:57

Ligue sua tv. Assista a um canal de notícias. Sem nenhuma dificuldade, você perceberá o quanto a sociedade é massacrante. Tentarão fazer-te considerar os bons aspectos da sociedade. Talvez até mesmo você tente se convencer disso. Mas é inegável que tudo o que é podre está escondido por debaixo do tapete. E o tapete do mundo é vasto, mas cheio de brechas e remendos. Só não vê quem não quer ver.

A percepção de realidade é algo estritamente individual. As cores que você enxerga são diferentes cores para outra pessoa. Seus sentidos, seus gestos, modos, seu sub-consciente - todos são únicos. O fato é que estamos unidos em uma sociedade de diferenças e separados pelas mesmas. Isso é positivo, pois eu garanto que você defende sua própria opinião, suas próprias crenças, não estou certo? Você se sente sozinho, e se revolta contra o sistema. Quer abolir isto, conceder aquilo. Quer se proteger, mas quer atacar. É ferido por ele, mas dele espera amparo. O que você fez, além de se emburrar? Você fala em agir, pensa em agir, mas espera que outros possam agir em seu lugar.

A sociedade te encurralou. Não há saída. É um grande beco escuro, fétido, sufocante. Muitas pessoas são pisoteadas, outras se asfixiam - todas querendo sair dessa fossa. Você não procurou se organizar. Não procurou seus semelhantes. Foi traído pela própria individualidade. Do que basta lutar sozinho? Desligue sua tv. Olhe pela janela.

Sem nenhuma dificuldade, você perceberá o quanto a sociedade é massacrante. Perceberá, também, que existem outros que pensam como você. Mas ninguém sái dessa fossa sem cooperação.



Leukotomy


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Misanthropic I

28 Maio 2007, 18:50
Um fragmento do poema "Conscience" de Henry Thoreau

"If not good, why then evil,
If not good God, good Devil.
Goodness! you hypocrite, come out of that,
Live your life, do your work, then take your hat.
I have no patience towards
Such conscientious cowards."


Além do bem e do mal,
Deve-se agir em meios para alcançar os próprios desejos, seguindo nenhuma regra exceto o guia ético (i.e. nenhum mandamento ou moral imperativa) "Virtudes Nobres". Estas, tem várias fontes incluindo o Edda poético (particularmente o Hávamál), as Sagas Islandesas e o Folclore Germânico.
Algumas organizações preferem dizer "Nove Virtudes Nobres", conhecidas como NNV [do inglês Nine Noble Virtues, nt.]. A tentativa de enumerar as virtudes relembra os Dez Mandamentos, como se fosse uma exigência seguí-los. Mas como elas são, de fato, guias para nossas ações, deveriam ser consideradas fontes para um comportamento ético individual.
Uma postura religiosa ou não-religiosa é uma perspectiva individual. Seguir algo é aceitar a perspectiva de outro i.e. aceitar outra realidade que não pertence ao seu universo de vida.


Alguns tentarão soar sábios
Eu prefiro soar como eu mesmo
Leukotomy