GAIA AMANHÃ
Como a Terra erradicará o ser humano

Esqueça as previsões clichê do Apocalipse e colapso mundial. Nosso planeta não está em risco por causa de um cometa que se chocará contra nós em algum belo dia. Nosso planeta tem um câncer - a humanidade. A quimioterapia se iniciará para nos varrer desta biosfera tão rica na qual vivemos - e destruímos. A Terra precisa manter seu equilíbrio, como a hipótese Gaia nos diz.

Lynn Margulis, co-autora da hipótese de Gaia, escreveu que a biosfera não tem uma tendência especial de preservar seus habitantes, e certamente não para deixá-los confortáveis. De acordo com Margulis, a Terra é uma espécie de comunidade de confiança, onde podem existir muitos níveis discretos de integração.

Baseando-se nos escritos de Lynn, podemos dizer que se um ser vivo não se encaixa nos níveis de integração, a Terra entrará em um processo de re-alimentação (feedback) para reestabelecer seu equilíbrio. Nós humanos somos o elemento primário na equação de equilíbrio, uma vez que viemos colonizando este planeta, explorando seus recursos sem o mínimo cuidado sobre equilíbrio e integração. O comportamento humano leva aos princípios da teoria do Caos: qualquer e toda ação - até mesmo as "insignificantes" - causam um comportamento aleatório nos sistemas dinâmicos não-lineares, resultando em efeitos imprevisíveis.

As ações danificadoras do homem começaram desde que a humanidade foi civilizada. Mas as ações mais impactantes se iniciaram desde a Revolução Industrial - uma vez que começamos a afetar diretamente no equilíbrio das equações. Aproximadamente dois séculos se passaram desde a Revolução, e agora os impactos nos perseguem: aquecimento global, desastres naturais, escassez de água.

Em aproximadamente um século, homem enfrentará homem para sobreviver e nós usaremos nossa soberania militar para fazê-lo. Isso significa que o contigente humano diminuirá por causa de vários fatores, como doenças, fome e guerras. Tudo o que restar de nós morrerá devido à mudanças instáveis no clima. Nossos prédios de concreto permanecerão como monumentos à memória da destruição que causamos sobre esta Terra. De fato, nem nossos prédios restarão de pé. Furacões, ciclones, terremotos, erupções vulcânicas e tempestades os varrerão ao chão. Milhões de anos após isso, quando todo o caos de metal e concreto se "dissolver" sob o "poder de Gaia", a vida selvagem será permitida de crescer e evoluir naturalmente, ou seja, reestabelecer seu equilíbrio. A incógnita humana não fará mais parte da equação da vida.


"A única fonte natural significante de dióxido de carbono na atmosfera (CO₂) é a atividade vulcânica, enquanto o único removedor significante é a precipitação de rochas de carbonato. Na água, o CO₂ é dissolvido em 'ácido carbônico', que será combinado com cálcio dissolvido para formar carbonato de cálcio(Calcário). A precipitação de ambos e a solução são influenciados por uma bactéria e por plantas marinhas, onde eles aumentam a circulação de gases, ou em recífes de coráis, onde o carbonato de cálcio é depositado na forma sólida no solo marinho. O carbonato de cálcio também pode ser levado do continente para o mar onde é costume de organismos vivos manofaturarem conchas. Uma vez mortos, as conchas dos organismos caem no fundo do oceano, onde geram depósitos de chalk e limestone. Parte dos organismos com conchas carbônicas são denominados coccolithophores (algae), que também participam na formação das nuvens. Quando morrem, eles liberam gas sulfúrico (DMS), (CH₃)₂S, que age em partículas nas quais o vapor de água se condensa para formar nuvens. Para Lovelock e outros cientístas de Gaia como Stephan Harding, coccolithophorides são um estágio em um ciclo de alimentação(n.t feedback) reguladora. Ultimamente, a concentração de CO₂ atmosférico vem aumentando e há evidência de que a concentração de algas também está aumentando."


Tudo que podemos fazer é ter uma vida "feliz" e esperar que os macacos não evoluam e comecem tudo novamente.